O Dia das Crianças é tradicionalmente marcado por presentes e brincadeiras, mas em 2025 surge um novo presente indispensável: a segurança digital. No Brasil, 93% das crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos já usam a internet regularmente, segundo o Comitê Gestor da Internet no Brasil (NIC.br). O celular é o principal dispositivo de acesso, e atividades como jogos online, redes sociais e streaming já fazem parte da rotina infantil.
Se por um lado o universo digital amplia as possibilidades de aprendizado e diversão, por outro aumenta os riscos: cyberbullying, contato com desconhecidos, conteúdos inapropriados e até golpes financeiros. A SaferNet Brasil aponta que as denúncias de crimes contra crianças e adolescentes na internet cresceram 38% em 2023.
“Vivemos um cenário de hiperconexão em que as crianças estão cada vez mais expostas ao ambiente digital e há um alerta da UNICEF: 1 em cada 3 usuários da internet no mundo é criança ou adolescente. Essa hiperexposição amplia ameaças como cyberbullying, contato com predadores e acesso a conteúdos nocivos. Por isso, a proteção das crianças exige diálogo constante em casa, políticas públicas eficazes e conscientização coletiva, para que a tecnologia seja um espaço de desenvolvimento e não de vulnerabilidade”, alerta Ana Cerqueira, Presidente WOMCY Brasil.
Para Waldo Gomes, Diretor de Marketing e Relacionamento da NetSafe Corp, “as cianças estão crescendo em um mundo hiperconectado e precisam de orientação tanto quanto de proteção técnica, não se trata de demonizar a tecnologia, mas de reconhecer que ela exige responsabilidade”.

No dia das crianças, especialistas trazem recomendações de como cuidar dos pequenos em tempos de hiperconexão
Tempo de tela e comportamento online
Relatório global da Qustodio mostra que crianças brasileiras passam, em média, cinco horas por dia conectadas. Além disso, mais de 60% dos usuários entre 9 e 13 anos utilizam plataformas que oficialmente só permitem maiores de 13 anos, como TikTok e Instagram. Isso expõe os pequenos a algoritmos, conteúdos adultos e interações sociais para as quais podem não estar preparados.
O papel dos pais e responsáveis
A primeira barreira de proteção deve vir de casa, com diálogo aberto e educação digital.
“É fundamental conversar com os filhos sobre o que significa privacidade, sobre a importância de não compartilhar dados pessoais e de saber pedir ajuda quando se sentirem desconfortáveis”, orienta Gabriel Rimoli, Diretor de Produtos e Alianças da NetSecurity.
O especialista complementa que, além da conversa, medidas práticas podem ser adotadas, como:
- ativar controles parentais nos dispositivos;
- limitar tempo de uso e horários de conexão;
- revisar periodicamente as configurações de privacidade em redes sociais e aplicativos;
- evitar o sharenting, ou seja, a exposição excessiva da vida dos filhos nas redes pelos próprios pais.
Escola como aliada
Outro ponto essencial é o papel das escolas. Programas de educação midiática e cidadania digital ajudam a preparar alunos para identificar notícias falsas, compreender limites da exposição online e desenvolver senso crítico diante de algoritmos.
Tecnologia a favor da proteção
Softwares de monitoramento, filtros de conteúdo e sistemas de alerta são aliados importantes, desde que usados com equilíbrio.
“O controle técnico ajuda, mas nunca substitui a confiança construída entre pais e filhos. A tecnologia deve apoiar, e não vigiar”, reforça Gomes, da NetSafe Corp.
Dia das Crianças com consciência digital
O Dia das Crianças, portanto, é também um momento para refletir sobre a infância em tempos digitais. Ao lado de brinquedos, jogos e roupas, a segurança online precisa estar no pacote de cuidados que famílias oferecem a seus filhos.
Para a WOMCY, NetSafe Corp e NetSecurity, que atuam na proteção contra ameaças digitais em empresas e também com iniciativas de conscientização para famílias, a mensagem é clara: a segurança começa cedo e deve ser parte da cultura, não apenas da tecnologia.
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